Seg, 11 de
Junho de 2012 10:07
As comunidades diretamente beneficiadas pelo projeto de revitalização do rio
Beberibe estão tendo a oportunidade de acompanhar de perto o andamento das
obras. Além de reuniões realizadas periodicamente na Secretaria de Recursos
Hídricos e Energéticos (SRHE), responsável pelo empreendimento, representantes
das comunidades de Porto da Madeira, Beberibe, Cajueiro e Cabo Gato estiveram
nesta sexta-feira (08.06) no canteiro de obras, conhecendo como é feito o
trabalho.
Um
dos técnicos responsáveis pela obra de dragagem, o engenheiro Felipe Rios, foi
quem deu aos visitantes todas as explicações técnicas e tirou dúvidas sobre os
procedimentos, as etapas que envolve o trabalho, os desafios etc. Fazendo um
percurso dentro do canteiro instalado ao lado da Av. Olinda, o engenheiro
apresentou os equipamentos utilizados e detalhou como é o processo de retirada
dos sedimentos. "A draga de sucção joga os sedimentos no dique de
contenção através de um duto. Os sedimentos ficam no dique e água que também
vem junto vai se acumulando até escoar por um extravasor de volta ao rio", resumiu.
A
dragagem de um novo trecho precisou ser acrescentada ao projeto para permitir o
trânsito fluvial dos equipamentos a serem utilizados durante a realização dos
trabalhos, o que vai aumentar o volume a ser retirado de 480 mil para 590 mil
metros cúbicos de sedimentos. No entanto, o engenheiro esclareceu que o
cronograma dos serviços não vai ser alterado. "Mesmo agora, que deve
começar o período de chuvas, a obra continua. Vamos trabalhar em três turnos,
inclusive à noite para concluir, no prazo de um ano, esse trecho 6 do projeto",
informou.
O
chefe de gabinete da SRHE, Eduardo de Matos, reforçou o compromisso da
Secretaria em manter um canal de diálogo constante com as comunidades que serão
beneficiadas pela obra. "Estamos conseguindo unir governo e sociedade. Tem
sido uma experiência muito positiva, pois quando a gente se junta, se torna
mais forte". Para Eunice Ribeiro, moradora do Cajueiro, a atuação da
comunidade é fundamental. "Lutamos por esse projeto desde 2003 e agora
estamos felizes em ver que está saindo do papel. Temos que ter persistência e
conscientizar as pessoas para que não joguem lixo nos canais", disse.
A
dragagem do trecho 6, que vai da ponte da Avenida Olinda até a entrada do Porto
do Recife, recebeu investimento de R$ 16,4 milhões, mas o projeto de
revitalização como um todo vai contar com R$ 63 milhões, com recursos de
empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF). Além do trecho 6 que já está
sendo executado, os projetos dos outros trechos estão sendo concluídos para
entrar em licitação.
Acompanhando
a visita, o diretor de Gestão Territorial e Recursos Hídricos da Agência
Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Nelson Maricevich, e o analista ambiental do
órgão, Assis Lacerda, reforçaram o que está sendo feito no sentido de
viabilizar as licenças ambientais necessárias para a execução da obra. "Já
estamos trabalhando e realizando os estudos necessários para viabilizar a
licença das outras etapas, permitindo que o projeto transcorra sem
interrupções", disse Lacerda.
Seminário
- o gestor de obras da dragagem, Mauro Lacerda, participou do lll Seminário em
Defesa do Rio Beberibe, organizado pelo Centro de Arte, Educação e Cultura,
Diaconia e Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos.
O gestor apresentou um panorama geral do projeto e o cronograma de execução da
obra, que tem importância fundamental não só para o rio, mas também para
moradores de áreas ribeirinhas “Esse projeto vai evitar que as
comunidades sofram com as cheias, em épocas de chuva”, ressaltou Lacerda. O
evento marcou o encerramento da l Semana do Meio Ambiente Urbana, cujo tema
foi “Peixinhos +20: Em Defesa do Rio, em Defesa da Vida.